domingo, 13 de junho de 2010

Projetos relacionados a orlas.

Não conseguimos baixar o video da internet e a professora ficou de ver isso pra gente, mas para os interessados colamos aqui os links são videos bem interessantes de alguns projetos.

Esse não temos muita certeza mas achamos que é um projeto feito por alunos, é em Porto Alegre, uma parte da orla e dá para tirar algumas idéias legais.

Esse outro é da mesma orla em Belém Novo - POA, porém ele abrange quase se não toda a orla, e mostra fotos de como é e as idéias principais da intervenção... esse é mais interessante porque contém pontos importantes destacados em aula (o parque em si, áreas de lazer, ciclovia, preservação ambiental, estética visual agradável, integração social com churrasqueiras públicas ao longo da orla, sanitários públicos, trabalha tambem com o resgate histórico e tambem se "apropria" das belas paisagens pra valorizar o local)

E esse é o projeto da revitalização do Pier do Porto de Recife, pelo que diz ali é um projeto da prefeitura juntamente com o governo do Estado, muito legal!

É isso aí então :)

Acadêmicas: Deyse, Manuela, Natália B., Simone

quarta-feira, 9 de junho de 2010

MATINHOS

Para atacar os problemas de infra-estrutura do município de Matinhos, os técnicos da Sudesul estudaram meios para ativar a economoia local primeiro pela criação de um grande complexo funcional, envolvendo tanques de alevinagem, clube campestre, assentamento rural e por um projeto que recuperasse a Prainha Central, constantemente atacada pela força das marés.
Foram liberados R$ 16 milhões para este projeto, ponto inicial da revitalização da cidade, baseada na recuperação natural da praia e no enobrecimento da região litorânea para o desenvolvimento do turismo.

LEGENDAS
1. Centro de Psicultura do Paraná
2. Cooperativa Rural municipal
3. Hotel de Interesse Turístico
4. Centro de Eventos Municipal
5. Country Club do Litoral
6. Centro Hípico do Litoral
7. Canal de saneamento - Caraguaçu - Matinhos
8. Lotes nobres de sustentação do projeto
9. Corte do canal



DETALHAMENTO DAS OBRAS

- construção de um molhe, com braços medindo 360 metros, para recuperação da praia;
- construção de uma Marina, utilizando área do molhe, com capacidade para 80 barcos;
- edificação de um Mercado do Pescado, construído na mesma área da Marina;
- equipamentos de apoio aos pescadores e suas embarcações;
- Calçadão turístico com paisagismo;
- 2 blocos de Apart-Hotéis, com galerias de apoio turístico;
- serviços paisagísticos.

A recuperação acontece em quatro fases:

FASE 1 - CONSTRUÇÃO DO MOLHE


FASE 2 - DRAGAGEM






FASE 3 - EQUIPAMENTOS DE APOIO



FASE 4 - PAISAGISMO


Fontes:

http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=895296
http://www.lolocornelsen.com.br/sudesul%20-%20editado%20-%20plano%20indutor%20de%20turismo%20-%20matinhos.htm

Grupo: Mariane Cipriani, Isis Tubino Latorre, Cynthia de Araújo Papa

terça-feira, 8 de junho de 2010


Praça em Salvador.

Acadêmica: Thuane Kabinda

Praça dos Esportes Radicais

Com o intuito de oferecer uma gama de opções para praticantes de esportes radicais. Foi pro projetodo para a cidade de Balneário Camboriú a Proça de Esportes Radicais. Esta paraça contém rampas e pistas de skate, paredão de escalagem e um aditório e uma área de conveniência que proporcionará atividades diversas.

Vista da sede da Associação (Prédio vermelho)


Vista Geral da Praça


Projeto arquitetura e urbanismo: Sérgio Gollnick
Projeto engenharia: Daysi nass Santos e Marcos Roberto Stramari

Estagiária arquitetura: Maira Fernanda Araujo
*Ariela, Ana Paula e Mabel

Reurbanização Calçadão da Avenida Central

Uma releitura do calçadão de Balneário Camboriú tem o objetivo de dar maior amplitude ao usuário, eliminando obstáculos e criando uma nova paisagem arquitetônica e urbanística.

O lugar














Os equipamentos














A rua passa a ser um grande passeio, sem desníveis, com novos equipamentos e totalmente acessíveis.
Projeto de renovação urbana: Sérgio Gollnick
Projeto de engenharia: Daysi nass dos Santos e Marcos Roberto Stramari
*Ariela, Ana Paula, Déborah e Mabel

A proposta

Praça rotatória com Chafariz na cidade de Goiânia


Este é um modelo de praça rotatória localizada na cidade de Goiânia.
* Mabel, Ariela e Ana.

Recuperação Praça Publica Victor Civita




O objetivo principal era elaborar um modelo de atuação conjunta para a reabilitação de áreas urbanas degradadas, com terrenos ambientalmente comprometidos. Situada as margens do Rio Pinheiros e marcada pela densa concentração arbórea preexistente. Ao longo de um percurso de 600 metros os visitantes encontram displays com informações sobre madeira certificada, reuso de agua, placas solares... Mais informações no link:




Equipe: Ana Paula Medina


Ariela Moreira


Mabel Simioni


quiosques










Parque de Valdebebas, Madri - Espanha.




Em março de 2009 ocorreu um concurso paisagistico para o Parque de Valdebebas.
Este é o maior projeto urbanístico da história de Madri, que surge a partir da reordenação da região norte da capital, cuja superfície engloba mais de 10,6 milhões m2. O parque está situado em região privilegiada, a apenas 10 min dsa Plaza Castilla e a 5 min do Aeroporto Barajas. O objetivo do concurso foi selecionar uma equipe multidisciplinar para o ordenamento e o desenho de um novo parque urbano, como parte do Parque de Valdebebas, com aproximadamente 80 hectares. A proposta deveria resolver as conexões e a transição entre a nova cidade e o grande parque florestal, assim como adequar o uso à escala do parque, além de aproveitar o seu grande potencial paisagístico, urbanístico, ambiental e social.
Post: Egvar L. H. Thies e Filipe Paganini

palco 2

parquinho


Projeto de Requalificação Urbana e Funcional do Bairro de Santa Ifigênia

Alexandre Hepner
Regina Maria Prosperi Meyer

O bairro de Santa Ifigênia, localizado no centro de São Paulo, pode ser considerado um dos exemplos mais emblemáticos do processo de degradação e esvaziamento populacional que marcou a maior parte da região central da cidade durante a segunda metade do século XX.
Ao longo do processo de transformação da Santa Ifigênia o comércio de eletrônicos não foi a única atividade significativa a instalar-se no bairro. A partir da década de 1950, a área começou a tornar-se também um centro de prostituição, atividade fortalecida pela proximidade com a estação de trem e que iniciou um processo de desvalorização dos imóveis e a expulsão gradativa da população de classe média. Soma-se a este quadro a presença cada vez mais significativa do tráfico de drogas, que por sua vez alavancou o crescimento exponencial da criminalidade e da violência na região.
O objetivo deste trabalho, assim sendo, é o de propor um conjunto de diretrizes urbanísticas e elaborar um projeto urbano que permita reverter a situação de abandono e degradação no qual a Santa Ifigênia encontra-se hoje. Este projeto parte de um conjunto de premissas que inclui:
- Diversificação de usos e atividades;
- Atendimento à demanda habitacional de baixa renda;
- Redesenho dos espaços públicos;
- Preservação das características morfológicas do bairro;
- Preservação do patrimônio histórico;
- Adensamento da ocupação construtiva e populacional.

Dentre este conjunto, o adensamento foi adotado como a premissa principal, tendo em vista a grande disponibilidade de infra-estrutura da qual o bairro dispõe, especialmente de transporte de massa. Por esta razão, decidiu-se adotar o seguinte desafio: o projeto deveria atingir o dobro da densidade construtiva máxima adotada atualmente na cidade de São Paulo - ou seja, enquanto atualmente adota-se no máximo um Coeficiente de Aproveitamento equivalente à quatro, o projeto aqui proposto deveria adotar um coeficiente equivalente a oito.

Foi proposto um sistema de praças internas às quadras, interligadas umas às outras através de galerias de lojas que permanecem abertas durante o horário comercial. À noite, as galerias são fechadas e o acesso às praças internas através das arcadas pode ser limitado ou controlado.

Os dois pavimentos superiores do volume de embasamento são ocupados por extensões das galerias comerciais, mas seu uso é mais diversificado, incluindo também áreas destinadas a cinemas, e um complexo esportivo com quadras, piscina e academia de ginástica.

Acima deste volume de embasamento, configurou-se um "pavimento comunitário". Este piso, interligado de uma quadra à outra através de passarelas, abriga espaços destinados ao uso da população residente no bairro, como creche, playground, quadras esportivas, área para skate, salão de festas e espaço para churrasco, entre outros.

Acima do pavimento comunitário está o conjunto de edifícios, os quais encontram-se parcialmente apoiados sobre pilotis. São, ao todo, sete torres com unidades de Habitação de Interesse Social - HIS, cinco com unidades de Habitação de Mercado Popular - HMP, e uma torre para escritórios. As torres de HIS possuem 12 pavimentos, e as de HMP, 20 pavimentos; a torre de escritórios configura-se como um marco urbano com 40 pavimentos.


Ficha Técnica
Área do terreno: 38.383 m²
Área construída
Habitação de Interesse Social (HIS): 88.689 m² (34%)
Habitação de Mercado Popular (HMP): 68.970 m² (27%)
Comércio: 70.062 m² (27%)
Serviços: 18.869 m² (7%)
Faculdade de Tecnologia: 11.819 m² (5%)
Total: 258.410 m²
População Total: 7620 habitantes


Acadêmicas: Dandara Furquim
Gabriela Giovanaz

Palco






PROGRAMA NOSSA PRAÇA



A Secretaria de Serviços Municipais por meio da Assessoria de Arborização e Áreas Verdes desenvolve um programa de parcerias de iniciativa pública e privada. “Nossa Praça” é um programa simples que permite a qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica, assumir a responsabilidade de urbanizar e manter as praças públicas do Município.
Cabe, ao adotante, manter as áreas adotadas em perfeitas condições de uso para a comunidade. Em contrapartida é permitida a colocação de placas de divulgação da parceria.
As parcerias ajudam na criação de uma consciência ecológica, em detrimento da responsabilidade com a manutenção do espaço.
Qualquer pessoa ou empresa (indústria, comércio, prestador de serviços), escola, associação de bairro ou ONG pode adotar uma praça, um canteiro ou área verde da cidade.
LEI Nº. 5.098/97O Programa é regulamentado pela
Lei nº. 5.098/97

TERMO DE COOPERAÇÃO
Ao adotar uma praça ou qualquer área verde da cidade, é preciso apresentar um projeto de execução ao setor de Áreas Verdes ou utilizar-se da proposta do próprio setor, onde uma equipe de paisagistas cuida de cada detalhe das áreas escolhidas. Dos padrões arquitetônicos à escolha das plantas e flores e do desenho a eventuais obras de revitalização, esses especialistas poderão sugerir, gratuitamente, ações e projetos para fazer da praça um modelo para a cidade.


CONDIÇÕES
Qualquer área verde pública é passível de adoção, para saber condições detalhadas para a escolha, poderá ser contatada a AAAV pelo telefone da SSM ou o e-mail:
aaav.eng@sjc.sp.gov.br
Ao adotar uma área poderá ser inserida uma placa indicativa no local com o nome e telefone da Empresa/Pessoa. O tamanho e a quantidade de placas variam dependendo do tamanho da área adotada.
Não existe nenhum pagamento de taxas à Prefeitura ao adotar uma área. Os custos de adoção serão referentes à melhoria, conservação e manutenção da área, os quais deverão ser realizados/contratados a cargo dos adotantes.


Aline e Renata

O Grande ABC, Santo André e o Projeto Eixo Tamanduatehy

















O caso da região do Grande ABC, no setor Sudeste da Região Metropolitana de São Paulo, é
emblemático no que se refere aos dilemas enfrentados pelos municípios industriais, aos desafios
colocados pela reestruturação econômica, e ao papel a ser exercido, nesse quadro, pelos projetos de
renovação urbana. Há mais de dez anos administrações locais procuram enfrentar um quadro de
desindustrialização, desemprego e queda na arrecadação, por meio de políticas sociais urbanas e
iniciativas diversas, entre as quais podemos destacar a cooperação entre as sete cidades da região,
por meio de um consórcio intermunicipal, e, no caso específico de Santo André, a proposta de um
grande projeto de renovação urbana ao longo do Rio Tamanduateí.






Na região do Grande ABC, o debate em torno do desenvolvimento social já resultou na criação de um
programa visando a erradicação do analfabetismo, de um plano de integração e complementação dos
equipamentos públicos de saúde e de um projeto voltado à reintegração social de meninas e meninos
de rua. No que se refere ao desenvolvimento econômico, decidiu-se pela criação de um pólo
tecnológico, de um programa de requalificação profissional e de outras iniciativas no sentido de
aumentar a competitividade das cadeias produtivas da região.






Uma Agência de Desenvolvimento Econômico foi criada em 1998, reunindo associações comerciais,
centros de indústria, Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), empresas do setor
petroquímico e sindicatos. Sua missão é estabelecer ações de marketing regional para atrair
investimentos, produzir conhecimento sobre os processos econômicos na região e incentivar
pequenas e médias empresas. Pelo Programa Hábitat, o Banco Mundial e o BID forneceram recursos
da ordem de US$ 300 mil para amparar essa iniciativas. Grupos de Trabalho foram organizados em
torno de sete eixos estruturantes: educação e tecnologia; sustentabilidade das áreas de mananciais;
acessibilidade e infra-estrutura; fortalecimento e diversificação das cadeias produtivas; ambiente
urbano de qualidade; identidade regional; inclusão social (29).
Integrando o Plano Estratégico Regional, esses eixos levaram a Planos de Ações, entre os quais
aquele voltado para a obtenção de um Ambiente Urbano de Qualidade. Esse eixo foi concebido não
apenas como uma série de projetos de infra-estrutura, mas também como um conjunto de programas,
ações e decisões políticas, tendo como principal meta o desenvolvimento integral do ambiente
urbano, além da melhoria contínua da qualidade de vida da população da região do Grande ABC.
Visando a redução das disparidades de desenvolvimento econômico e social do Grande ABC,
pretende-se caminhar rumo à caracterização da Região Metropolitana de São Paulo como um espaço
policêntrico e sede de uma nova cultura vivencial, prevendo-se a realização de projetos em áreas
centrais das sete cidades (parques, áreas verdes e vegetação urbana), implantação de marcos
referenciais regionais, recuperação ambiental e preservação do patrimônio cultural (30).
O Projeto Eixo Tamanduatehy nasceu em Santo André, fruto de vários processos em andamento: em
primeiro lugar, do processo de articulação regional, mobilizando as sete cidades que compõem o
Grande ABC, procurando reenfocar o planejamento urbano de forma integrada, envolvendo os
agentes sociais e questões de desenvolvimento sustentável, uma vez que a região tem 56% de sua
superfície em área de proteção aos mananciais. Em segundo lugar, o projeto Cidade Futuro, proposto
para Santo André, prevê a construção coletiva de ações de desenvolvimento local e urbano
envolvendo a sociedade civil. E, finalmente, a preocupação da administração municipal com o
processo de reconversão produtiva em Santo André.
Com a adoção das diretrizes do planejamento estratégico, emergiu a oportunidade de se estudar um
grande projeto de renovação urbana para os terrenos industriais e ferroviários situados ao longo do
Rio Tamanduateí, em uma faixa de 8 km entre o rio (canalizado e ladeado por uma importante via
marginal, a Avenida dos Estados) e a estrada de ferro. Ocupada originalmente por grandes
complexos fabris, dos quais restam alguns em plena atividade (Rhodia, Pirelli) enquanto muitos foram
abandonados, a faixa conta com excepcionais condições de acessibilidade, mas sua ocupação é
limitada pelo zoneamento industrial. Integra um eixo maior que, prosseguindo ao longo do rio e da
ferrovia, atravessa o município de São Caetano e chega aos bairros do Ipiranga e da Mooca em São
Paulo. Essa enorme extensão de áreas aproveitáveis, hoje um panorama desolador de armazéns e
fábricas decadentes ou em ruínas, constitui uma oportunidade inestimável para a renovação urbana
na maior metrópole brasileira.
Para a concepção do Projeto Eixo Tamanduatehy concorreram os exemplos norte-americanos,
europeus e argentino de projetos urbanos estratégicos. Comparecem portanto os elementos
característicos desse modelo: a visão dos pólos terciários avançados como solução para a
reestruturação do setor produtivo; o destaque para os empreendimentos culturais, as áreas livres e de
lazer; a busca do aproveitamento da dinâmica imobiliária; e a valorização do espaço público e da
qualidade espacial urbana, com vistas à qual se deveria contar com a contribuição de arquitetos
conhecidos para o redesenho do eixo. Foram colocados como objetivos específicos a criação de uma
nova centralidade metropolitana, revertendo a posição de “fundos” das zonas industriais e do ABC, a
costura entre as duas metades de Santo André, historicamente divididas pelo eixo, e a afirmação de
uma nova identidade para a cidade e para a região como um todo (31).
A construção de um novo centro regional passaria por componentes como prédios de escritórios,
hotéis, centro de convenções, espaço para feiras e exposições, restaurantes, cinemas, grandes
equipamentos culturais e outros elementos hoje ausentes na região, superando a atual dependência
em relação ao pólo cultural e de serviços localizado no centro metropolitano de São Paulo. Além
disso, prevêem-se áreas residenciais, que deverão conviver com favelas urbanizadas em alguns
pontos do eixo.
Iniciada em 1997 e ainda em andamento, a elaboração do Projeto Eixo Tamanduatehy já envolveu
propostas elaboradas por quatro escritórios de arquitetura e urbanismo (Joan Busquets, Christian de
Portzamparc, Eduardo Leira e Cândido Malta), ampliando a idéia da construção coletiva do espaço
urbano, aproveitando nesse sentido a própria diversidade de posturas urbanísticas. De certa maneira
as propostas adotaram enfoques complementares. Enquanto o projeto Busquets está voltado à
criação de áreas verdes, Leira se preocupou com as questões regional e metropolitana e com a
inserção do projeto do ponto de vista da acessibilidade. Cândido Malta priorizou a busca do
redesenho espacial e a criação de equipamentos geradores de uma nova centralidade para a
metrópole. Finalmente, Portzamparc concentrou-se na exploração do desenho das quadras e suas
volumetrias de ocupação (32).






Até o momento, a implementação do projeto esbarra em dificuldades oriundas da carência de
recursos, da propriedade privada dos terrenos e da previsão de alguns empreendimentos já
aprovados para implantação no local. Adiantando-se à intervenção pública, o mercado já havia se
dado conta do potencial da área e definido projetos para shopping centers, um centro empresarial e
uma universidade. O resultado é que as realizações efetivas se concentraram até agora na obtenção
de algumas contrapartidas por parte desses empreendedores, no sentido de promover melhorias no
espaço público (melhoramentos viários, recuperação paisagística, calçadões cobertos, criação de
áreas verdes) (33).
O processo de implementação se ressente da ausência de uma entidade com autonomia financeira e
domínio sobre os terrenos a serem renovados, a exemplo das que foram criadas em Battery Park
City, Docklands, Barcelona, Puerto Madero e nas ZACs francesas. Dessa maneira, o principal trunfo
do governo local em Santo André é o poder de regulação que permite negociar mudanças de
legislação, possibilidades de reparcelamento do solo e mecanismos de captura da valorização
imobiliária, entre outros instrumentos que poderiam viabilizar uma intervenção de maior porte,
atualmente em estudo.
O projeto Eixo Tamanduatehy prevê a criação de espaços públicos, apostando na idéia de que a
democratização desses espaços constitui um processo de redistribuição de renda e de inclusão
social. Esta poderá ocorrer não apenas por meio da ampliação do convívio social democrático nas
novas áreas a serem criadas, mas também através da criação de programas de geração de trabalho
e renda, nos moldes construídos pelo processo de articulação regional.
As questões que podem ser colocadas para o projeto se aproximam daquelas levantadas pela
experiência de cooperação intermunicipal: é possível construir efetivamente um novo tecido produtivo
que supra as necessidades de inserção dos trabalhadores atingidos pela reestruturação econômica e
pelo desemprego? Quais seriam os mecanismos que evitariam uma possível gentrificação da área,
uma vez que muitas experiências do gênero, até o momento, apontam para as tendências
excludentes do processo de atração de investimentos e de renovação urbana? É nesse sentido que
se faz necessária uma reflexão contínua sobre tais questões, com a verificação crítica das
potencialidades reais do desenvolvimento local, do alcance e dos limites colocados para os projetos
urbanos.






Considerações finais
Em face da crise econômica, da reestruturação produtiva e da redefinição do papel do Estado,
destaca-se cada vez mais a necessidade de formas de ação formuladas e implementadas em nível
local, com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico. Os elementos básicos do que
Harvey denomina "empreendedorismo local" envolvem não apenas o desenvolvimento de parcerias
entre o poder público e o setor privado, mas a capacidade mais geral de articulação, por parte dos
atores e forças sociais. Partindo do princípio de que o poder de ordenar o espaço deriva de um
complexo conjunto de forças, mobilizadas por diversos agentes, o governo local deve coordenar uma
ampla gama de forças sociais, exercitando a governança urbana (34).
Lipietz aborda a mesma questão, enfocando formas intermediárias de regulação entre a dimensão
material da aglomeração urbana, o governo local, a legislação e a ação do Estado. Define o conceito
de governança como abrangendo todas as formas de regulação que não são mercantis nem
específicas do Estado. Governança seria a sociedade civil menos o mercado, mais a sociedade
política local, os notáveis e as prefeituras (35).
Muitas experiências recentes de articulação entre os setores público e privado apontam para uma
possível reorientação do poder local, com vistas à inserção de questões relacionadas ao
desenvolvimento econômico e social na agenda política (36). Todavia, o recurso à ação pontual dos
governos locais coloca o risco do acirramento dos desequilíbrios regionais e internacionais, da
mesma forma que a disputa pelos investimentos no quadro do planejamento estratégico – na medida
em que algumas localidades estão melhor equipadas do que outras na luta autônoma pelo
desenvolvimento.
Para evitar os efeitos deletérios dessa disputa, das guerras fiscais suicidas à exacerbação das
diferenças, aumentando o abismo entre regiões privilegiadas e esquecidas, é preciso contar com
instâncias regulatórias nas diversas esferas – local, regional, nacional e mesmo internacional. O
exemplo europeu, em que a perspectiva estratégica convive com um alto grau de intervencionismo e
com a multiplicação de iniciativas estatais estruturadoras, compensatórias e reguladoras, merece
atenção especial nesse sentido.
Embora somente o futuro poderá dizer se as iniciativas de desenvolvimento local terão fôlego
suficiente para superar problemas existentes e consolidar a reconversão industrial num processo de
desenvolvimento sustentável, alguns limites já podem ser assinalados Em primeiro lugar, trata-se de
um esforço que apresenta autonomia relativa e que, conseqüentemente, não pode prescindir de
políticas nacionais, estaduais e regionais de desenvolvimento. Outros limites podem resultar do
individualismo das tradicionais culturas municipalista e empresarial, da prevalência de interesses
pontuais e casuísticos na esfera local, e da descontinuidade político-administrativa, que acarretam o
risco de desestruturar esforços coletivos de longo prazo.
Quando se discutem formas de estimular a geração de trabalho e renda, também devemos levar em
conta que a maneira pela qual se dá o desenvolvimento econômico, muitas vezes determinada em
âmbito nacional, condiciona o caráter da participação dos agentes na esfera local, assim como a
distribuição da renda gerada. A reestruturação produtiva, os efeitos da crise econômica e as novas
desigualdades sociais colocam em pauta a necessidade de elaboração de estratégias que articulem
os agentes sociais no sentido de enfrentar problemas urbanos e regionais, sem negar os conflitos
existentes e a necessidade de políticas efetivas de inclusão social na escala do país.
by Carlos

pergolados




grupo: Vinícius Dias, Renato Campos, Gustavo, Josehenrique, Egvar

Intervenção do Largo do Mercado Público de Florianópolis


Foi divulgada segunda-feira, 31 de maio, o resultado do Concurso Público Nacional de Anteprojetos de Arquitetura e Urbanismo de Requalificação do Largo do Mercado Público de Florianópolis. O projeto vencedor é de autoria do escritório Vigliecca e Associados, sob responsabilidade do arquiteto e urbanista Hector Vigliecca. A requalificação deveria levar em conta a conectividade com a malha urbana, prioritariamente, da área compreendida pelo polígono formado pelas Ruas Francisco Tolentino, Jerônimo Coelho, Pedro Ivo e Avenida Paulo Fontes, em terreno com área superficial de 27.667,18m², em frente ao Terminal de Integração do Centro – TICEN, e ao casario oitocentista da Rua Francisco Tolentino, junto à antiga borda d’água do centro de Florianópolis, e lindeira ao Mercado Público em sua fachada oeste.


Informação completa: http://www.vitruvius.com.br/jornal/news/read/174

Amanda Carolina Chaves

Thuanny Souza

Urbanismo sustentável



Baseada nas idéias dos Estados Unidos da década de 80, surge em Palhoça, SC, uma nova proposta urbanística que busca fugir da idéia dos condomínios fechados e integrar-se à cidade.
Pedestres e ciclistas receberam tratamento privilegiado. O que mostra a preocupação com a sustentabilidade do bairro-cidade. O Pedra Branca é constituído por núcleos projetados de forma a permitir que moradores e usuários acessem rapidamente a zona comercial, o teatro, o anfiteatro e o centro cultural. “O novo urbanismo propõe morar, trabalhar, estudar e se divertir ao alcance de uma pequena caminhada”, explica a urbanista Sílvia Lenzi. A maior parte dos edifícios será de alvenaria de tijolos, com lojas e restaurantes no térreo e apartamentos e escritórios nos andares superiores.




Mais informações no site:


Acadêmicas: Franciele Meurer, Júlia Bruch, Patrícia Tondelo.

Projeto para rua paulistana




Bruno Padovano desenvolve projeto para rua paulistana
Projeto do arquiteto para a Alameda Gabriel Monteiro da Silva prevê intervenções nas calçadas, mobiliário urbano, arborização e sinalizaçãoVictor Martinez
Após ser tema de concurso acadêmico, a Alameda Gabriel Monteiro da Silva, no bairro paulistano Jardins, tem novo plano de requalificação urbana assinado pelo arquiteto Bruno Padovano. O anteprojeto, que espera pela aprovação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), procura ainda apoio público e privado.
Segundo o arquiteto, por ser uma rua comercial que não sobrevive sem os carros estacionados no recuo das lojas, a convivência entre os pedestres e os automóveis foi um dos pontos críticos dessa requalificação.
Pensando na disposição dos automóveis, o projeto foi dividido em duas etapas: a primeira prevê uma substituição das calçadas por placas de 20x20 cm de piso drenante. Além de aumentar a área permeável da avenida de 4% para 70%, esses pisos podem ser deslocados para uma possível fiação subterrânea dos cabos da rua. Para diferenciar a calçada entre a parte dos carros e a dos pedestres, ainda foi desenvolvida uma faixa de grama entre os pisos para estacionar.Mais dois pontos fazem parte dessa primeira etapa: o aumento do recuo das lojas com a mudança das disposições das cabines de água e luz, e o rebaixamento das calçadas para os deficientes físicos. Dez pés da árvore Caesalpinia leyostachia, conhecida como "Pau-Ferro", também serão plantadas nos 2 km de extensão.
A segunda fase do projeto almeja a criação de duas pequenas torres de estacionamento na via pública. Com esses espaços, os carros deixariam as fachadas das lojas e seriam instaladas novas peças para o mobiliário urbano. Há previsão, por exemplo, de lixeiras de coleta seletiva, bancos e identificadores de lojas. A previsão é que a via ganhe um sistema de iluminação vertical com postes de luz voltados para baixo, focos de luz integrados ao piso e vitrines tridimensionais.
A aplicação de todo o projeto, incluindo os custos de distribuição subterrânea da fiação e reposicionamento de medidores de água, prevê investimento em torno de R$ 60 milhões. Se as obras começarem no próximo ano, a previsão é de que estejam finalizadas em 2015.

Veja mais imagens:























Leandro Sumar e Nicole Porto